terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Kodak faz reforma e adota nova estrutura de negócios .

Getty Images

A Eastman Kodak Co. modificou sua estrutura de negócios dividindo as operações em duas divisões, a comercial e a de produtos de consumo final, que vão incorporar partes de suas decadentes operações de filme fotográfico, bem como de suas novas tecnologias de impressão, na qual a empresa tem apostado seu futuro.

A mudança, que está sendo preparada desde o ano passado, tem a meta de criar um novo cargo de liderança, apesar de a deficitária empresa de fotografia e impressão continuar se preparando para um possível pedido de concordata, disse uma pessoa a par da questão. Isso representa um marco para os negócios de filme da Kodak, que não serão mais uma divisão independente.

A Kodak informou num comunicado que a mudança acelerará seus esforços de recuperação. Laura Quatela, que foi escolhida mês passado para o cargo de cosuperintende e codiretora operacional a partir de 1 de janeiro, vai comandar a nova divisão de consumo final da empresa, que abarcará as impressoras para pessoas físicas, a fotografia digital, os filmes para fotógrafos amadores e as patentes.
O segmento comercial será comandado por Hilipo Faraci, o outro cosuperintendente e codiretor operacional, e contará com os negócios de impressão comercial, software, entretenimento e filmes de uso comercial. Faraci é um ex-executivo da Hewlett-Packard que foi contratado em 2005 pelo atual diretor-presidente da Kodak, Antonio Perez.
A Kodak informou que a nova estrutura, que passou a vigorar em 1 de janeiro, reduzirá o total de divisões operacionais de três para duas e vai ajudar a empresa a economizar.
"Essa nova estrutura simplifica nossa organização, colocando o foco com maior precisão em nossos clientes do público empresarial e de pessoas físicas, e posicionando na liderança as pessoas certas para aproveitar totalmente o potencial técnico tremendo da Kodak", disse Perez no comunicado.
Quatela tem comandado a estratégia da Kodak de espremer o máximo de receita com licenciamento da carteira de patentes da Kodak, que a empresa usou para financiar seus novos negócios enquanto a parte de filmes fotográficos entrava em declínio. Esse esforço tropeçou ano passado, quando o fluxo de acordos para uso de patentes diminuiu, e a Kodak reagiu pondo à venda parte de suas patentes, inclusive algumas das mais lucrativas.
Mas o processo fracassou por cuasa da preocupação dos investidores de que poderiam comprar ativos de uma empresa que se preparava para pedir concordata. A Kodak, que já alertou que ficará sem caixa este ano para financiar suas operações se não conseguir vender as patentes ou obter um novo financiamento, se prepara para solicitar uma reestruturação judicial ia e já busca financiamento para sua concordata se a tentativa de vender as patentes fracassar, disseram pessoas a par da situação.
A reorientação dos negócios não afeta a visão da Kodak de que será preciso pedir concordata nas próximas semanas se ela não conseguir vender sua carteira de patentes, disse uma pessoa a par da situação.
A Kodak já havia se dividido anteriormente em três segmentos operacionais: o de comunicações gráficas, que fornece equipamentos digitais e software para gráficas; a divisão de produção de imagens para consumidores finais, centrada em impressoras e na receita com patentes; e a divisão de filme, processamento de fotografias e entretenimento, que oferece os tradicionais filmes e papéis fotográficos da empresa.
As novas divisões empresariais separam o tradicional negócio de filmes da Kodak em dois segmentos, o empresarial e o para pessoas físicas. Quando estava no auge, o negócio de filmes da Kodak atendia principalmente a pessoas físicas. O que sobrou desses negócios hoje em dia está dividido de maneira relativamente equânime entre filmes para consumo final e uso empresarial, já que a tecnologia digital continua eliminando a necessidade de usar filmes, disse uma pessoa a par da situação.

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